30/08/20

Delegado alerta para crimes virtuais

Dênis Colares, da Polícia Federal em Dourados, fala para acadêmicos do Projeto de Extensão do ECA

Do Progresso

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Delegado federal Dênis Colares ministrou palestra na Unigran (Foto: Divulgação)

DOURADOS - O delegado da Polícia Federal Dênis Colares, que atua na DPF de Dourados, participou do projeto de extensão “Estudos sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e demais legislações correlatas - Uma Garantia de Acesso ao Saber Necessário para o Exercício da Cidadania”, desenvolvido pela Faculdade de Direito do Centro Universitário da Grande Dourados (Unigran). Para uma plateia formada por acadêmicos de Direito e Serviço Social, o delegado ministrou palestra abordando os “Crimes na Internet e nos Demais Meios de Comunicação”, apontando casos do cotidiano que podem ser combatidos com cuidados rotineiros.

A palestra aconteceu no auditório do Curso de Direito e reuniu dezenas de acadêmicos. “Foi uma experiência importante para os nossos acadêmicos, que puderem receber de um delegado da Polícia Federal um pouco de conhecimento sobre os crimes virtuais”, observa Robson Moraes dos Santos, coordenador do projeto de extensão. “Nessa ocasião, o palestrante demonstrou através da análise legislativa e de casos práticos como os pais e/ou responsáveis podem prevenir e, por conseguinte, informar às autoridades competentes a presença de eventuais atos antissociais que venham a afligir a população infanto-juvenil”, conclui.

Robson Moraes dos Santos, que é professor do curso de Direito da Unigran, ressalta que a maioria dos crimes contra as crianças são cometidos quando elas, ao utilizar dos meios eletrônicos, tornam-se vítimas em potencial do assédio de pessoas voltadas à criminalidade. “O delegado também levou aos acadêmicos uma palavra de reflexão e incentivo no tocante a sua postura como formadores de opinião, ressaltando, ainda, que, por serem a referência da juventude residente na Grande Dourados, devem ser multiplicadores dos conhecimentos adquiridos em suas respectivas faculdades”, ressalta.

O projeto de extensão “Estudos sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e Demais legislações correlatas - Uma Garantia de Acesso ao Saber Necessário para o Exercício da Cidadania”, surgiu em 2008 e já levou o Estatuto da Criança e do Adolescente para dezenas de escolas públicas, entidades que trabalham com menores infratores ou crianças abandonadas e superou os limites do município ao chegar nas cidades vizinhas. “Isso está ocorrendo porque os acadêmicos das outras cidades que estudam em Dourados estão levando as diretrizes do ECA às escolas dos seus respectivos municípios”, revela Robson Moraes, que além de professor universitário é assistente judicial da Vara da Infância e da Juventude de Dourados.

Ele revela que a ideia inicial era mostrar que o ECA oferece ferramentas suficientes para conter a violência infanto-juvenil, ou seja, o Estatuto não é paternalista em relação ao menor infrator, mas estabelece obrigações e deveres para todos os agentes envolvidos com essa problemática. Robson Moraes explica que discutir o ECA nas escolas é importante, pois os educadores passam a adquirir o conhecimento dos dispositivos legais para viabilizar a interação entre educador e educando. “Temos conhecimento que muitas crianças e adolescentes têm a escola como orientação de vida e precisamos reforçar o papel do educador e do educando”, explica.

Ao ingressar no quarto ano, o projeto vai promover a interação dos acadêmicos com os diversos setores que trabalham com crianças e adolescentes. “Neste prisma, como todos nós tempos uma pitada de fragilidade, ansiedade, depressão insegurança e timidez, devemos sair da zona de conforto que nos aprisiona para trabalharmos por melhores dias, ou seja, que sejamos um alguém na vida de outras pessoas, estas que desde tenra idade tem perdido a capacidade de sonhar, pois os seus desejos não têm resistido às dificuldades da vida, culminando, desta forma, com projetos de vida ainda não idealizados e experimentados, seja porque perdem precocemente a meninice, sejam porque suas vidas são ceifadas abruptamente”, finaliza,